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Crise no setor automotivo: até quando faltarão chips semicondutores?

Até quando vamos enfrentar a crise no setor automotivo? É isso que contamos para você neste artigo.

Comprar um carro novo se tornou um desafio em 2021. Como medida de contenção da Covid-19, fábricas foram fechadas no início de 2020. Agora, com o avanço da vacinação, temos mais liberdade para transitar e as empresas para trabalhar — mesmo com a necessidade de cuidados com a higiene pessoal.

No entanto, ainda em 2021 sofremos reflexos dessa paralisação e um dos principais se refere ao desequilíbrio na demanda por semicondutores. Você já ouviu falar na crise dos chips? Sabe dizer até quando ela durará? É isso que esclarecemos neste artigo. Continue a leitura e fique por dentro desse assunto tão importante.

O que é a crise dos chips?

No início da pandemia, as grandes montadoras precisaram suspender suas encomendas de chips devido à pausa realizada em suas linhas de operações. Ao mesmo tempo, à medida que mais trabalhadores precisaram fazer home office e mais crianças foram impedidas de ir à escola, a venda eletrônicos, notebooks e videogames aumentou. Devido a isso, a produção de semicondutores foi redirecionada para esse setor.

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A partir do momento em que a pandemia foi suavizada e as montadoras puderam retomar suas operações, as fábricas de chips não deram conta dos pedidos e a falta desse item se tornou um problema para a indústria automobilística, uma vez que ela exige 13% da produção global dos semicondutores.

O resultado disso? Filas de consumidores dispostos a comprar carros novos e o aumento dos preços nos últimos meses — no que se refere a este último, questões cambiais, gargalos de produção e aumento de custo de borracha e aço afetaram esse aumento.

Ainda há demanda reprimida, uma vez que muitos potenciais compradores migram para seminovos ou simplesmente descartam o interesse por conta da falta de produtos.

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O que a falta do chip faz?

O aumento das novas tecnologias nos carros, como freios ABS, sistema de injeção eletrônica, direção autônoma, airbags, eletrificação, entre outros, faz com que os chips sejam ainda mais importantes na fabricação dos automóveis.

Para você ter uma base, ele representa quase metade dos custos dos carros novos — hoje, a sua participação já chegou a 40%. E a demanda tende a aumentar ainda mais, uma vez que quanto mais inovadores são os carros, maior é a necessidade de componentes eletrônicos, os quais simplesmente não funcionam sem os semicondutores.

Qual a previsão para 2022?

A previsão é que a escassez de semicondutores vá até metade de 2022. Antes da pandemia da Covid-19, os fabricantes do setor automobilístico contatavam um fornecedor para ter acesso a itens completos, como faróis, centrais multimídias e sistemas eletrônicos do motor, ou seja, eles não tinham contato direto com as empresas responsáveis por fabricar os semicondutores.

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Com a crise no setor, haverá uma mudança na cadeia de fornecimentos e as empresas precisarão se adaptar a ela. As indústrias automotivas, por exemplo, terão que repensar o supply chain com o intuito de reduzir a dependência de cadeias globais. Além disso, será necessário mapear o que realmente é essencial para não se ver obrigada a parar suas operações.

Como no Brasil não há produção nacional do chip, as indústrias precisam recorrer à importação e, com isso, entram na disputa com países do mundo inteiro. Algumas empresas optam por importar os componentes e então realizar a montagem. No entanto, elas também estão tendo dificuldades para encontrar as peças.

A falta de chips semicondutores fez com que o Brasil entendesse a necessidade de nacionalizar o produto. Porém, apesar do interesse e várias discussões sobre o tema, o país tem dificuldades em razão dos preços asiáticos e escala, fatores importantíssimos que podem se tornar grandes problemas quando o assunto é competitividade.

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