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Vale a pena escolher um condomínio que tenha energia solar?

Vale a pena escolher um condomínio que tenha energia solar?

A decisão de se morar em um condomínio equipado com placas solares passa pela escolha de economizar com conta de luz e ainda contribuir com a sustentabilidade

A conscientização a respeito das questões ambientais é algo que tem se espraiado pelos mais diversos ramos do mercado e, por consequência, da sociedade. Uma tendência que tem sido observada ultimamente, capaz de aliar energia limpa e barata com pouco investimento e benefícios para um coletivo, é a instalação de painéis fotovoltaicos em condomínios.

Seja para diminuir os gastos nas áreas comuns ou para suprir a necessidade energética de cada apartamento, a energia solar tem aparecido mais e mais como uma solução inteligente e sustentável para atender esse público crescente. O retorno do investimento é percebido em pouco tempo – cerca de 4 anos – e ainda ganha-se em patrimônio, uma vez que os painéis têm durabilidade de décadas, e também em valorização do imóvel, capaz de chegar a 30%.

Com um estudo eficaz, é possível determinar e quantificar a disponibilidade energética de um condomínio. Há, no entanto, duas ramificações na aplicação da energia solar. Uma diz respeito ao uso individual, isto é, direcionado para cada apartamento, podendo também abarcar áreas comuns. O outro é relativo somente ao atendimento às áreas comuns, como portarias, corredores, salão de festa, entre outros ambientes.

No uso individual, as placas são instaladas nos apartamentos em locais como varandas e quintais. As coberturas são privilegiadas, pois possuem uma área muito maior de incidência solar. Geralmente, esses espaços são utilizados para uma geração para todo o prédio, de maneira coletiva.

Em caso de o condomínio concordar com a implantação das placas, mas não possuir espaço suficiente capaz de gerar a energia necessária, ainda há a solução de alugar ou comprar terrenos próximos para fazer a instalação.

De qualquer forma, uma resolução normativa da ANEEL, a Agência Nacional de Energia Elétrica, entende que duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, atendidas pela mesma concessionária, podem ser autorizadas a possuir uma usina de microgeração de energia. Isto é, legalmente, não há nenhum impeditivo sobre qual maneira se dará a distribuição, seja ela coletiva ou individual.

Outros entendimentos da ANEEL também possibilitam que linhas de financiamento e de crédito exclusivas sejam utilizadas para instalação de energia solar. A iniciativa do governo é seguida pelos bancos privados, que já oferecem linhas de crédito específicas para a instalação das placas em condomínios, abarcando até mesmo o projeto. Outro fator interessante é que foi aprovada em 2022 uma lei que isenta de taxas até 2045 quem já produz energia desta maneira.

Porém é importante ressaltar que há a necessidade de que qualquer resolução desse tipo seja tomada em assembleia pelos condôminos. As vantagens são muitas, mas é preciso que sejam discutidas. Contudo, o Código Civil brasileiro entende, por meio do artigo 1.341, que esse tipo de melhoria dispensa qualquer quórum mais rígido, o que facilita a realização desta obra.

Contudo, com tantas facilidades, fica difícil se opor a algo tão vantajoso. De baixa manutenção, resistentes às intempéries e duráveis, as placas dispensam até mesmo dias de sol forte para funcionar – basta um pouco de irradiação solar para obter o suficiente para geração de energia, sendo a de dias nublados o suficiente. De instalação segura, desde que realizado por uma empresa competente, o preço da placa solar é mais do que compensatório para o retorno obtido, podendo ser de uma economia de 95% na conta de luz!