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Educação inclusiva: como as escolas podem e devem perpetuar essa prática

A educação inclusiva é uma responsabilidade colaborativa entre escolas, professores, família e governo

A educação inclusiva é essencial na vida de todas as crianças e adolescentes, com deficiência ou não, pois ela permite o convívio com a diversidade e faz parte do processo do desenvolvimento social e educativo, além de garantir igualdade de oportunidades e equidade de direitos e acesso a todos os educandos. Em tese, é por meio da educação inclusiva que as crianças teriam a oportunidade de conviver e aprender com diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, de gênero e sensoriais, respeitando-se entre si.

Mas, apesar de o Plano Nacional de Educação (PNE) prever, desde 2014, o ensino inclusivo em todas as escolas do país, públicas ou privadas, ainda se encontra dificuldade em realizar matrículas ou mesmo o acompanhamento adequado das crianças que precisam de um apoio mais especializado durante o ensino, demonstrando que muitas escolas ainda não conseguiram se adequar às exigências da Lei nº 13.005/2014.

Assim, o que fazer para que a escola possa garantir, de fato, o acesso integral e participativo de todas as crianças, sem exceções, no espaço educativo?

Entre as estratégias prevista na Lei do PNE, está a criação de centros multidisciplinares de integração e articulação entre profissionais de diversas áreas, como saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, de modo a apoiar os profissionais da educação básica que estejam educando ou possam vir a educar crianças com deficiências ou transtornos globais de desenvolvimento.

Além disso, a legislação prevê o estímulo no desenvolvimento de tecnologias, metodologias e materiais didáticos que auxiliem na formação e garantam o acesso adequado das crianças e adolescentes que necessitem de atendimento mais especializado. Assim, é importante contratar profissionais formados em faculdades de pedagogia, psicologia, além das diversas licenciaturas que preparem o profissional para os desafios que uma educação inclusiva pode requerer.

Inclusão não é apenas receber o aluno na escola, é estimular a participação e o desenvolvimento intelectual, a sociabilização entre todas as crianças, o respeito e o aprendizado. Caso a escola ainda não esteja oferecendo uma educação inclusiva adequada, é importante ofertar cursos de capacitação e formação continuada para lidar com a diversidade de público infantojuvenil. Estimular a troca de experiência entre os profissionais é importante para encontrar pontos de apoio e aprendizado, além de poder oferecer novas metodologias não convencionais e estímulos mais flexíveis na hora das avaliações.