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Cuidados e regras essenciais para médicos plantonistas

O plantão não deve ultrapassar 24 horas, sendo obrigatório o descanso posterior

Tanto para médicos recém-formados quanto para os mais experientes, o plantão é uma modalidade de trabalho que exige dedicação contínua e preparo para lidar com as mais diversas situações.

Isso porque o plantão médico pode atender desde um paciente que está tendo uma crise de ansiedade até um que tenha sofrido um sério acidente de trânsito. Isso, é claro, vai depender da área e do local onde o profissional vai atender.

Se você é um jovem médico ou é um estudante de medicina, é superimportante conhecer melhor todas as regras, bem como os principais cuidados que se deve ter durante um plantão, como você confere a seguir.

O que é o plantão médico?

Em suma, o plantão médico é um tipo de atendimento no qual o especialista fica à disposição do hospital, clínica ou evento (sim, um plantonista também pode ser contratado para atender em eventos, tais como shows e jogos esportivos) por, no mínimo, 12 horas seguidas.

Trabalhar como plantonista significa, portanto, estar disponível por uma longa jornada de trabalho, de modo a atender todo e qualquer paciente que apareça precisando de ajuda médica – com destaque para situações emergenciais e de alta complexidade.

Se por um lado a função pode ser mais cansativa, por outro ela pode ser bastante lucrativa, já que o profissional deverá ser remunerado de acordo com as horas trabalhadas, considerando a jornada habitual da classe em questão.

O que é permitido no plantão

De modo geral, não há nenhuma regra que delimite a quantidade de plantões que um médico pode fazer por semana. No entanto, há um número máximo de horas que podem ser trabalhadas, 24. Após esse período, o profissional deverá ter um descanso de 48 horas.

Outra possibilidade, por vezes até preferível, é a carga horária de 12 horas que gera um descanso de 36 horas (o famoso 12 por 36). As exceções estão restritas à telemedicina, em que pode haver jornadas de trabalho superiores às 36 horas – o que, em contrapartida, não é tão comum.

No que se refere ao descanso, os plantões obedecem às regras trabalhistas que determinam que, a cada 6 horas de trabalho, o profissional terá 1 hora para descansar e se alimentar. Lembrando que, para isso, outro médico deverá ocupar obrigatoriamente o seu lugar durante o período do intervalo.

O espaço de descanso deve ter isolamento acústico, ser arejado, além de ter um mobiliário adequado, com camas e/ou beliches e banheiro. O direito a esse local já era assegurado à classe médica e, com a lei 14.602/23 sancionada em junho de 2023, é estendido também para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras.

Quanto à remuneração, o valor pago vai depender de variantes como experiência do médico, região e local onde o serviço é prestado, bem como do tipo de atividade exercida durante o plantão. No entanto, a média salarial de um médico plantonista gira em torno de R$ 5.937 até R$ 14.836.

Especialidades médicas e tipos de plantão

Os conceitos de urgência e emergência, definidos segundo a Resolução CFM 1.451/1995, são fundamentais para compreender a função do plantonista. Em ambos os casos, o paciente deverá ter assistência imediata, algo que acaba sendo resolvido com a presença de médicos de plantão.

Em um pronto-socorro, a equipe de plantonistas deve ter, pelo menos, as seguintes especialidades: anestesiologia (preparo de medicamentos pré-cirúrgicos), clínica médica (assistência a adultos), pediatria (assistência de bebês, crianças e adolescentes), cirurgia geral e ortopedia (assistência a traumas ortopédicos).

O plantonista também pode atuar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde há uma equipe multidisciplinar para tratar de pacientes mais graves ou com diagnóstico delicado, além da enfermaria, em que os médicos devem cuidar das visitas aos pacientes internados, tendo uma carga horária de trabalho menor.