Saiba por que a experiência em uma residência pode agregar muito à formação de diferentes profissionais de saúde
Os profissionais da saúde precisam de uma boa formação para acolher as diversas demandas nas instituições em que trabalham. Após a conclusão da graduação, é preciso pensar em como continuar se qualificando.
Um dos caminhos possíveis é a realização de uma residência (médica ou multiprofissional). Saiba como esse tipo de especialização pode contribuir para a qualificação dos profissionais antes de buscar um bom curso preparatório para residência!
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Experiência prática intensa
Um dos maiores motivos pelos quais recém-formados buscam residência é a oportunidade de viver uma intensa experiência prática, o que envolve diversidade de casos clínicos, o manejo com uma equipe multiprofissional, entre outros exemplos.
Nessa vivência, também é possível aprender como manejar casos complexos e críticos, que exigem conhecimento atualizado, trabalho em equipe, capacidade de diagnosticar e tratar, entre outros exemplos.
Aperfeiçoamento técnico e científico
Na residência, o foco não é só adquirir experiência prática, mas também se atualizar na teoria e literatura científica. Os residentes devem estudar artigos, produzir materiais e apresentar um trabalho final para concluir a especialização.
Além disso, a prática clínica é supervisionada, o que lhes permite revisitar a teoria a partir de experiências vividas na instituição em que atuam, por meio de uma troca com profissionais mais experientes da área. Isso permite a todos aprimorar suas habilidades técnicas e se atualizar sobre os últimos avanços e pesquisas na área de atuação.
Desenvolvimento de competências específicas
A residência é um tipo de especialização que permite aos profissionais se especializarem em áreas específicas, desenvolvendo conhecimento e habilidades em suas áreas de interesse (como atenção primária, oncologia, saúde mental, reabilitação, urgência e emergência, entre outros exemplos).
Além disso, o processo de trabalho desenvolvido em uma residência prevê o estímulo à interdisciplinaridade e ao trabalho em equipe, aspectos essenciais para uma boa atuação profissional, marcado pela articulação e entrosamento, além da compreensão da importância de diferentes especialidades.
Desenvolvimento pessoal
A residência também oferece experiências que estimulam o desenvolvimento pessoal por meio de fatores como resiliência, manejo de casos complexos, reconhecimento da individualidade de diversas situações, estresse e pressão — elementos marcantes e sempre presentes nas diversas carreiras na área da saúde.
Além disso, a ética e a compaixão dos residentes também são colocados à prova, já que esses profissionais lidam com pessoas e famílias em sofrimento (físico, emocional, social e espiritual) e precisam desenvolver uma abordagem ética e adequada para conseguir acolher as demandas e criar estratégias eficazes.
Oportunidades de pesquisa e ensino
Quem vivencia uma residência também tem a oportunidade de participar de projetos de pesquisa e, assim, contribuir para a ampliação do conhecimento na área de atuação escolhida, atualizando dados e trazendo novos questionamentos para fomentar pesquisas e políticas públicas posteriores.
Os residentes também podem desenvolver habilidades de ensino em funções como mentores e educadores. De acordo com a Resolução CNRMS nº 5, os programas de residência devem ter 80% de sua carga horária total dedicadas a estratégias práticas e teórico-práticas e 20% para estratégias teóricas, ou seja, os profissionais unem a experiência prática e a utilizam para rever e repensar a teoria que fundamenta a sua atuação.
Por todas essas razões, a residência é uma experiência importante na qualificação de diferentes profissionais de saúde, já que proporciona uma formação abrangente que envolve aspectos éticos, técnicos, científicos e pessoais. Ao estarem inseridos no cotidiano de diferentes equipamentos de saúde de forma contínua, tais profissionais se tornam mais aptos para lidar com os desafios da prática profissional com confiança e competência.