Reforma elétrica: quando trocar o sistema antigo e quais componentes priorizar

A reforma elétrica é uma das decisões mais importantes e complexas que um proprietário pode enfrentar. Diferente de uma pintura nova ou troca de pisos, problemas elétricos são invisíveis até se tornarem perigosos. Saber quando agir e quais componentes priorizar pode ser a diferença entre segurança e risco, economia e desperdício.

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Sinais que indicam necessidade de reforma

Instalações com mais de 30 anos quase certamente precisam de atualização completa. Se seu imóvel foi construído antes de 1997, quando a norma NBR 5410 teve sua última revisão, é praticamente garantido que não atende aos padrões atuais de segurança.

Os sinais mais evidentes incluem disjuntores que desarmam com frequência, tomadas e interruptores que aquecem durante o uso, lâmpadas que piscam sem motivo aparente e cheiro de queimado próximo ao quadro elétrico. Fios expostos ou desencapados são sinais de emergência que exigem ação imediata.

Mas nem todos os problemas são tão óbvios. O aumento inexplicável na conta de luz pode indicar fuga de corrente, enquanto a necessidade frequente de usar benjamins e extensões revela que o sistema não foi dimensionado para a demanda atual.

Quadro elétrico: prioridade absoluta

O quadro elétrico é o coração do sistema e deve ser sempre a primeira prioridade em qualquer reforma. Quadros antigos com fusíveis representam risco real de incêndio e devem ser substituídos imediatamente por modelos com disjuntores modernos.

A atualização do quadro permite adequá-lo às necessidades atuais da residência. Com o aumento do uso de aparelhos eletrônicos e a evolução da tecnologia, é fundamental garantir que seja capaz de suportar as demandas presentes e futuras.

Durante a reforma do quadro, instale dispositivos de proteção adicionais como DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos) e DR (Dispositivos Residuais). Esses componentes protegem contra variações de tensão e choques elétricos, oferecendo camadas extras de segurança.

Fiação: a base de tudo

A substituição da fiação antiga deve ser prioridade quando se identificam fios rígidos desatualizados. Em geral, é aconselhada a troca por novos cabos flexíveis que atendem às normas atuais e oferecem maior segurança.

Nunca use cabos PP, paralelo ou torcido em instalações fixas. Esses cabos são destinados apenas para eletrodomésticos e não possuem propriedades antichamas. Sua proibição está em vigor desde 2004, mas ainda são encontrados em instalações antigas.

O dimensionamento correto da fiação é crucial. Um chuveiro de 5000 watts em 127V exige disjuntor de 40A e fiação de 10mm², enquanto o mesmo chuveiro em 220V precisa apenas de disjuntor 25A e fiação de 4,0mm². Equipamentos "pesados" sempre devem ser planejados para 220V.

Tomadas e interruptores: modernização visível

A modernização com a melhor marca de tomadas e interruptores vai além da estética. O padrão atual estabelece especificações técnicas que visam padronização e segurança no uso da energia elétrica. Substitua todas as tomadas antigas pelo padrão de três pinos que oferece aterramento adequado.

Planeje a quantidade adequada de tomadas para cada ambiente. Ambientes até 6m² precisam de pelo menos uma tomada a cada 5 metros de perímetro. A falta de tomadas suficientes leva ao uso perigoso de extensões e benjamins.

Considere a instalação de tomadas USB embutidas e interruptores inteligentes que permitem controle remoto e programação. Esses componentes representam o futuro das instalações residenciais e agregam valor ao imóvel.

Aterramento: segurança invisível mas essencial

A instalação do aterramento é obrigatória mas frequentemente negligenciada em imóveis antigos. O "fio terra" protege contra descargas elétricas e é fundamental para o funcionamento correto de aparelhos modernos.

Muitas casas ainda não possuem aterramento adequado, o que representa risco real para moradores e equipamentos. A instalação deve ser feita por profissional qualificado seguindo normas específicas de profundidade e materiais.

Circuitos especiais: planejamento inteligente

Aparelhos de alta potência como chuveiros, ar-condicionado e fornos elétricos devem ter circuitos exclusivos. Essa separação evita sobrecarga e permite melhor controle da distribuição de energia.

A separação adequada dos circuitos evita também a combinação perigosa de circuitos de iluminação e tomadas. Cada tipo de uso deve ter proteção específica, facilitando manutenção futura e aumentando a segurança.

Ordem de prioridades na reforma

Comece sempre pelo quadro elétrico e aterramento - são questões de segurança fundamental. Em seguida, substitua a fiação principal, especialmente nos circuitos de maior potência como chuveiros e ar-condicionado.

As tomadas e interruptores podem ser trocados gradualmente, priorizando áreas molhadas como banheiros e cozinhas onde o risco é maior. Deixe por último os circuitos de iluminação, que geralmente apresentam menor risco.

Quando não adiar a reforma

Nunca adie a reforma se houver sinais de superaquecimento, fios expostos ou cheiro de queimado. Esses são sinais de risco iminente que podem resultar em incêndio ou choques graves.

Imóveis com mais de 50 anos devem passar por avaliação profissional imediatamente, independentemente de problemas visíveis. A degradação natural dos materiais elétricos torna esses sistemas potencialmente perigosos.

A escolha de uma empresa qualificada, registrada no CREA e com experiência comprovada é fundamental para o sucesso da reforma elétrica. Investir em qualidade desde o início evita retrabalhos e garante a segurança de sua família e patrimônio.

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