Universo Feminino

Prazer feminino na gravidez: desejos, tabus e como entendê-los melhor

O prazer feminino na gravidez é uma realidade que, mesmo envolvendo mistérios e tabus, começou a ser discutido e compreendido por especialistas, médicos e, claro, as mulheres.

No últimos anos, são diversas as pesquisas que comprovam o aumento da libido das gestantes, assim como tira do armário os mais variados preconceitos que envolvem as palavras sexo e gravidez.

E isso abre margem para que a sexualidade feminina deixe, em definitivo, de ser tratada como algo menor em relação ao prazer dos homens. Por isso, confira o artigo exclusivo que trouxemos para você e antes de lê-lo, permita-se o autoconhecimento.

O que quer dizer que não deve haver julgamentos se, durante a gravidez, houver interesse em conhecer uma boutique erótica, testar algum fetiche ou novidade. Com consentimento, tudo é válido.

O prazer feminino na gravidez: o que diz a medicina

Primeiramente, é importante explicar que o prazer feminino na gravidez ainda surge carregado de dúvidas e questões. 

Seja pela gestante, pelo futuro pai da criança, amigos ou família, o comum é associar a gestão a um momento onde a mulher se torna apenas uma coadjuvante do que virá meses depois. Mas isso não é verdade.

Aliás, a primeira mudança significativa que se relaciona com a libido feminina diz respeito ao aumento do hormônio do crescimento (GH). Mais intenso a partir do 3º mês de gestação, o GH estimula a renovação celular da pele e atua na vascularização da região da vagina.

Por isso, predispõe a mulher a maior prazer feminino na gravidez além de permitir uma penetração sem dor ou desconforto.

Fatores psicológicos que aumentam o prazer feminino na gravidez

Não é possível falar sobre prazer feminino na gravidez sem considerar que os mesmos hormônios atuam na variação de humor e na sensibilidade da mulher. Em outras palavras, é possível afirmar que o aumento das mamas e da região abdominal pode alterar a percepção feminina sobre o próprio corpo.

Isso não quer dizer que estas mudanças serão sempre positivas, mas há estudos que indicam um aumento em até 70% na auto-estima das gestantes. Ou seja, elas passam a observar o próprio corpo de maneira mais cuidadosa, o que auxilia e estimula a libido.

Aliás, é importante pontuar como o parceiro ou parceira da gestante possui papel decisivo aqui. Se houver um envolvimento e aceitação maior das mudanças do corpo, possivelmente as situações de prazer poderão ser mais saudáveis e intensas.

Principais tabus e fatos relacionados à libido e gestação

Após abordar as questões fisiológicas e psicológicas do prazer feminino na gravidez, é importante desmistificar conceitos e tabus que não são verdadeiros.

Na maioria das vezes, eles são compartilhados a partir de opiniões sem qualquer embasamento, que desconsideravam que a mulher podia sentir prazer de diferentes formas.

Mito: Sexo durante a gravidez pode machucar o bebê

Em resumo, não é necessário nenhuma preocupação especial na prática do sexo durante a gestação. Ou seja, o prazer feminino na gravidez pode ser aproveitado em sua essência, e não haverá nenhum prejuízo para o feto.

Isso porque o colo do útero é revestido por um tecido extremamente rígido, além do bebê estar envolvido pelo líquido amniótico. O único cuidado aqui é encontrar, conforme o período gestacional, uma posição confortável para a grávida.

Feito isso, ainda dá para curtir o momento e saber que relações sexuais liberam endorfina e elas ainda podem ser benéficas a longo prazo, causando relaxamento no corpo.

Mito: durante a gravidez, a mulher pode ter desejos e fetiches

Não há um consenso sobre desejos ou fetiches durante a gestação, mas existem estudos que apontam a mudança hormonal como gatilho para tais situações.

Entretanto, psicólogos costumam explicar o prazer feminino na gravidez como uma válvula de escape para a maioria das mulheres. Em outras palavras, por estar em condição onde muitos a enxergam como frágil, há casos em que as gestantes, inconscientemente ou não, utilizam do momento para testar possibilidades no sexo.

O importante aqui é lidar com naturalidade quanto aos desejos e fetiches. Isso porque, em uma relação saudável e com concordância do parceiro ou parceira, experimentar situações novas podem apimentar a relação e melhorar a sintonia do casal.

Por último, há uma exceção importante sobre o assunto, que é quando deficiências nutricionais podem apontar vontades estranhas no consumo de alimentos. Em todo caso, o ideal é respeitar o desejo da grávida e não tratá-la como exagero ou absurdo.

Mito: Masturbação durante a gravidez é proibida

O ato de se masturbar, por si só, já é um tabu na vida de toda mulher. Porém, quando o assunto é prazer feminino na gravidez, ele se torna quase proibido.

Mas é importante considerar que, com autocuidado, a masturbação pode promover uma boa noite de sono, aliviar tensões e causar bem-estar. 

Além disso, por se tratar de um período de redescoberta, conhecer o corpo que muda a cada dia é uma forma de autoconhecimento.

Fato: Sentido mais aguçados proporcionam experiências únicas durante a gravidez

Para que o prazer feminino na gravidez seja percebido como natural, é preciso que ele seja estimulado como aconteceria nos outros momentos de intimidade de um casal.

Porém, há uma situação única que acontece durante a gestação que merece atenção, por ser capaz de potencializar a libido feminino. Falamos dos 5 sentidos, e de como eles podem ser aliados para um prazer feminino mais complexo.

De modo geral, as mudanças significativas no tato, paladar, olfato, audição e visão podem ser aliados na construção de uma nova forma de perceber o corpo da mulher.

Isso porque é possível que o maior fluxo sanguíneo e a aceleração do metabolismo, permita que o prazer feminino na gravidez seja rodeado de novas experiências.

Para os criativos, é o momento certo de apostar em cheiros, cores e sabores novos. Ou mesmo investir naqueles que, anteriormente, já contribuíram para um momento único a dois. É possível que se descubra novas formas de prazer entre o casal.

Fato: A libido tende a reduzir após o parto

É natural que o prazer feminino na gravidez seja reduzido de forma muito significativa após o nascimento do bebê. Mas nem sempre isso é um problema.

Assim como acontece nos exemplos que citamos acima, há uma nova alteração no corpo feminino, e a expectativa é sobre os cuidados com a criança que chegou.

Além disso, o corpo da mulher irá buscar a recuperação do seu ciclo menstrual, permitir a amamentação e readequar  a uma realidade diferente dos últimos meses. 

Por isso, não é necessário se preocupar com esta questão, a menos que, após o período de resguardo, ela comece a influenciar na vida do casal.

Conclusão

Conforme explicamos no artigo acima, é preciso enxergar o prazer feminino na gravidez sem qualquer ótica preconceituosa ou revestida de conceitos errados. 

Dessa forma, é possível unir toda a questão social que envolve uma gestação ao fato de uma mulher grávida ainda é uma mulher. Com suas vontades, desejos e prazeres.

Quando isso acontece, se estabelece relações sexuais mais saudáveis para gestantes, o que impacta diretamente na saúde física e mental da mãe e do futuro bebê.

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