A Volta do "Faça Você Mesmo" e Como Isso Afeta o Varejo

A Volta do "Faça Você Mesmo" e Como Isso Afeta o Varejo

A retomada do espírito “faça você mesmo” (DIY – Do It Yourself) tem ganhado força em vários setores da economia, impactando diretamente o comportamento do consumidor e as estratégias do varejo.  

Hoje, mais do que nunca, as pessoas buscam envolver-se pessoalmente em projetos de reforma, decoração, moda e até em pequenos reparos domésticos. Para o varejista, entender esse movimento significa repensar o mix de produtos, a disposição nas prateleiras e as ações de marketing.  

O DIY estimula o aumento do ticket médio, ao agregar itens complementares, e fortalece o relacionamento com o cliente por meio de workshops, conteúdos educativos e atendimento consultivo. 

O perfil do consumidor DIY e suas expectativas 

O consumidor DIY atual valoriza a descoberta e o aprendizado. Ele não busca apenas comprar um item, mas entender o processo por trás de sua aplicação. Por isso, espera que o varejo ofereça instruções claras, demonstrações e suporte a cada etapa do projeto.  

  • Demonstra o uso correto dos produtos. 
  • Reduz dúvidas e devoluções. 
  • Diferencie materiais para iniciantes, intermediários e avançados. 
  • Facilita a personalização da comunicação e a segmentação da base de clientes. 

Conjuntamente, esse público tende a pesquisar intensamente antes de adquirir materiais, comparando marcas e preços online. A decisão de compra leva em conta não só o custo, mas também a reputação do varejista e a qualidade do suporte oferecido.  

Ofertas bem segmentadas e a autonomia de compra, com opções de kits completos de materiais, tornam-se diferenciais competitivos. Entre os produtos que atendem a essa demanda de personalização, destaca-se a resina colorida para piso, muito utilizada por consumidores que desejam transformar ambientes com personalidade. 

Como o mix de produtos deve se adaptar 

Para atender ao movimento DIY, o varejo precisa diversificar seu portfólio além dos itens básicos. Isso inclui kits temáticos, além de ferramentas manuais e elétricas em diferentes faixas de preço. Estes kits ajudam o cliente a planejar seu projeto com mais segurança, pois já incluem tudo o que é necessário para iniciar a atividade. 

Ao mesmo tempo, é fundamental manter um estoque de insumos avulsos, tintas, vernizes, tecidos, fios e materias-primas variadas, para que o consumidor possa complementar kits ou adaptar projetos conforme sua criatividade.  

Combinar produtos de uso único e itens reutilizáveis também reforça a percepção de sustentabilidade, outro valor caro ao público DIY. E, para os projetos que envolvem organização, embalagem ou papelaria artesanal, itens como o mini envelope kraft ganham destaque por sua versatilidade e apelo visual. 

Experiências na loja: workshops e demonstrações 

Oficinas de marcenaria, pintura decorativa e customização de peças atraem clientes e geram buzz local. Essas atividades criam uma comunidade em torno da loja, incentivando o consumidor a retornar para novos cursos e compras. 

Além de ensinar, essas experiências permitem que o varejista destaque produtos específicos em uso real, reforçando atributos como facilidade de aplicação e resistência. Os participantes saem motivados a replicar o projeto em casa e, muitas vezes, compartilham resultados nas redes sociais, ampliando o alcance da marca. 

Para projetos de organização de documentos, artesanato e encadernação, um produto recorrente entre os adeptos do DIY é o saco plástico transparente A4, ideal para armazenar materiais com praticidade e proteção. 

Conteúdo digital como extensão do PDV 

Tutoriais no YouTube, posts no Instagram e guias em blogs ajudam a educar o público antes mesmo de ele pisar no ponto de venda. Um e-mail marketing segmentado, enviando dicas e cupons para quem demonstrou interesse em determinado segmento DIY, aumenta a taxa de conversão. 

Ferramentas de realidade aumentada (AR) podem ser empregadas para que o consumidor teste cores de tinta em sua própria parede por meio do smartphone. Esse tipo de inovação une tecnologia e praticidade, encurtando a jornada de compra e reduzindo as incertezas que levam ao abandono de carrinho.  

E no que diz respeito ao envio de produtos, especialmente quando o consumidor opta por kits de assinatura DIY ou peças frágeis, os envelopes coex surgem como opção segura e resistente, garantindo que os itens cheguem ao destino em perfeito estado. 

Logística e modelos de entrega flexíveis 

Projetos “faça você mesmo” muitas vezes exigem compras rápidas e entregas pontuais, especialmente em reformas prontas para começar. Oferecer opções como retirada em loja no mesmo dia ou entrega expressa faz diferença para o cliente que não pode esperar dias por um material essencial. 

Alguns varejistas apostam em dark stores ou estoques regionais dedicados a produtos DIY, garantindo disponibilidade imediata de itens populares. Em complemento, serviços de consultoria e montagem podem ser adicionados ao checkout, gerando receita extra e consolidando a relação com o consumidor. 

Preços e fidelização no universo DIY 

No mercado DIY, promoções de “compre cinco, leve seis” para itens consumíveis (tintas, parafusos, tecidos) incentivam compras volumosas e fidelizam o cliente. Programas de pontos vinculados à participação em workshops ou ao download de materiais educativos recompensam o engajamento e estimulam novas aquisições. 

O varejista pode oferecer assinaturas mensais de kits de projetos, entregues com curadoria de produtos e instruções detalhadas. Esse modelo garante receita recorrente e aproxima a empresa do dia a dia criativo do consumidor. 

Sustentabilidade e reaproveitamento de materiais 

Varejistas que promovem linhas de itens reutilizáveis, pincéis laváveis, tecidos de alta durabilidade, restolhos de madeira certificada, atraem consumidores conscientes. Ademais, campanhas de troca e recompra de sobras de produtos incentivam o uso integral dos materiais e reduzem o desperdício.  

Parcerias com entidades de reciclagem e projetos sociais podem reforçar a imagem da marca como responsável e atenta às causas ambientais, agregando valor à experiência de compra e fidelizando um público que valoriza práticas sustentáveis. 

O futuro do varejo com o DIY 

A tendência “faça você mesmo” tende a se solidificar conforme as gerações mais jovens  ganham poder de compra. Varejistas que investirem em integração omnichannel, experiências educacionais e personalização estarão melhor posicionados para liderar esse nicho. 

Criar ecossistemas de serviços, de assistentes virtuais a comunidades online, reforça o papel do varejista como parceiro do cliente na realização de seus projetos. As empresas bem-sucedidas no universo DIY vendem soluções, inspiração e confiança para que cada pessoa se torne protagonista de suas próprias criações. 

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